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Parar de Fumar

Foto do escritor: Alfredo LhullierAlfredo Lhullier

Embora desejo da maioria dos fumantes, em geral não é fácil parar de fumar. Aliado ao fato de que não produz alarmantes alterações de comportamento, o tabaco demora a desencadear seus efeitos mais perigosos e daninhos à saúde, como o dano ao sistema cardiovascular. Entretanto sempre chega o dia em que o fumante quer parar, e aí descobre que desenvolveu dependência, e que para controlá-la vai ter que passar por vários desconfortos. Isso faz com que muitos recuem, postergando esse momento. O que é necessário para chegar à decisão de parar? Destacamos dois grupos de motivações: as primeiras se relacionam aos ganhos que trará a ausência do tabaco, como por exemplo, uma melhor condição ao acordar, ou ainda poupar aos seus entes queridos a condição de fumantes passivos. As demais se referem, por exemplo, às várias doenças diretamente ou indiretamente provocadas por este vício, algumas bastante graves, como o câncer de pulmão e as patologias cardíacas. Funcionam melhor as positivas, e dentre estas as que se ligam aos relacionamentos afetivos. O principal é chegar a uma decisão firme o suficiente para animar-nos a enfrentar o medo de não conseguir, fruto dos sintomas imediatos da abstinência que o fumante apresenta, e a ambivalência resultante. Àqueles que já tentaram e não conseguiram, pode ser aconselhável o uso de medicações que reduzam aqueles sintomas e a própria compulsão. O importante também é não precipitar as coisas, e planejar o momento de parar para quando seja mais favorável, nos dias próximos, mas sem postergações. Uma vez interrompido o consumo de tabaco, é importante buscar gratificações, sentimentos positivos, que trarão uma sensação de que “valeu a pena” e segue valendo. Um dia de cada vez, sem se preocupar com o futuro, esta sensação deve ser nutrida. E se apesar de tudo isso pode sobrevir a recaída, o que fazer? Aí seria a hora de buscar um profissional competente; existem muitos outros recursos que combinados de forma racional poderão levar a uma manutenção mais segura do não-uso. Como quem aprende a andar de bicicleta, quem cai tem que levantar e seguir adiante.

 
 
 

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