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Esperança para quem tem dor

Foto do escritor: Alfredo LhullierAlfredo Lhullier

Numerosos estudos clínicos e neurocientíficos mostram a relevância dos fatores mentais na dor crônica. Autores consagrados elevam o status mental da dor a uma “emoção”, como a ansiedade, a raiva, ou a tristeza, o que é confirmado pelo estudo das vias neuronais. Sendo mais uma emoção desagradável, tem a função de alertar-nos de que algo não anda bem, de que há alguma lesão ativa (ou não) e nos mobilizar a fazer algo a respeito. Quando se torna crônica, é importante avaliar que efeitos podemos obter com os recursos de tratamento. Muitos pacientes apresentam dor seja como sintoma principal ou acessório. As medicações sempre ajudam: as vias neuronais medulares e centrais dependentes de serotonina e noradrenalina são as principais envolvidas, inclusive no desencadeamento da dor sem estímulo periférico, isto que seria semelhante a um alarme com defeito, que dispara sem que tenha sido acionado. Os recursos de neuromodulação central, como o Mindfulness e a Terapia Cognitivo Comportamental, também já demonstraram um efeito significativo sobre os quadros de dor repetitiva ou constante. No caso do Mindfulness, um treinamento atencional fortemente baseado em meditação, temos o reconhecido trabalho de autores como Vidyamala Burch - Viva Bem com a Dor e a Doença - livro no qual apresenta várias práticas e uma promissora compreensão do fenômeno da dor, propondo uma mudança de atitude em relação a ela. Cabe citar também os métodos fisioterápicos e o uso de recursos como o laser, o ultrassom, temperatura, acupuntura e eletro-acupuntura. Estas últimas, vem ganhando uma base científica crescente, com os estudos sobre os estímulos do corpo e sua capacidade em mobilizar alterações no cérebro. Para o paciente com dor crônica estas novidades representam a possibilidade de uma vida mais normal, da qual se ve privado, às vezes já desanimado por sucessivos fracassos de tratamentos tradicionais.

 
 
 

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